Nacional e Fast duelam pelo título do Amazonense-2012
Há quatro anos o Leão da Vila Municipal não levanta a taça de campeão estadual. O último título, em 2007, foi justamente sobre o Fast.
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Manaus - No primeiro jogo da decisão do Campeonato Amazonense 2012, hoje, o clássico Pai e Filho entre Nacional e Fast Ulbra pode ser resumidoem números. Há quatro anos o Leão da Vila Municipal não levanta a taça de campeão estadual. O último título, em 2007, foi justamente sobre o Fast. Desde então, o Naça estagnou na 40ª conquista. Para o Rolo Compressor, são 40 anos de jejum.
O técnico Aderbal Lana, 65, não conquista o Estadual há 12 anos. A última vez foi com o tri do São Raimundo, em 1999. Lana acumula cinco títulos regionais, três pelo Tufão e dois pelo Leão, clube no qual estreou como técnico no Amazonas em 1986. Com o Naça, a última conquista foi há 20 anos.
O Leão também ganhou o Amazonense de 2007 sobre o Tricolor com dois empates (1 a 1 e 2 a 2). No reencontro de hoje, um novo acerto de contas. “Não podemos nos preocupar com o Fast, temos que cuidar de jogar e deixar eles se preocuparem um pouco conosco. Tudo é uma questão de análise. Quem sair na frente, praticamente ganha o título”, declarou o experiente Lana.
No retrospecto, o Naça leva uma pequena vantagem. Foram duas vitórias contra um triunfo do Fast e um empate.
No comando do Tricolor, o técnico português Paulo Morgado sonha com o primeiro título na Amazônia. O lusitano, há dois anos no futebol local, afirma com convicção que a seca de quatro décadas do Fast e a sina de ‘eterno’ vice-campeão chegaram ao fim. São 11 finais de Estadual perdidas só na era profissional da competição em 81 anos de fundação do clube.
Morgado pretende ser campeão, feito que Lana não conseguiu com o Rolo Compressor (2006, 2007 e 2009, 2010 e 2011). Dos quatro vices do Fast, três foram com Lana. No ano passado, o treinador foi demitido após derrota na estreia.
Ingressos 100% mais caros nas finais
Apesar da forte concorrência da decisão do campeonato de clubes mais importante da Europa, entre Bayern de Munique e Chelsea, transmitido em TV aberta no mesmo horário, o primeiro jogo da decisão do Campeonato Amazonense terá mudanças pouco convidativas aos torcedores. O preço dos ingressos, por exemplo, sofreu reajuste de 100% e passou de R$ 10 para R$ 20.
A Federação Amazonense de Futebol (FAF) admitiu vender quantidade de bilhetes superior à capacidade do Estádio Roberto Simonsen - o Sesi, que é de 3.914 pessoas. “Nesse primeiro jogo, vamos colocar apenas cinco mil ingressos. Em comum acordo, os clubes decidiram aumentar o preço de R$ 10 para R$20”, disse o diretor de futebol da FAF, Ivan Guimarães à Rádio Rio Mar, de Manaus. O dirigente disse ainda que a carga pode aumentar na partida de volta, no dia 26. “Dependendo na necessidade, podemos aumentar um pouco mais”, revelou.
A prática da FAF, aprovada pelos clubes, infringe o Artigo 23° do Estatuto do Torcedor. A punição é a perda de, no mínimo, seis meses de mando de campo à entidade que colocar à venda número de ingressos maior do que a capacidade de público do estádio ou tenham entrado pessoas em número maior que o limite.
A intenção da FAF é que os torcedores sem assento assistam à partida em pé, atrás do gol à direita das cabines de rádio e TV, onde há um estacionamento e um gramado ingreme, mesmo tendo adquirido ingresso de arquibancada na bilheteria.
O policiamento será reforçado, pois dois dos quatro clássicos Pai e Filho disputados este ano tiveram confusão e em um deles os policiais militares, com arma de fogo em punho, dispersaram torcedores que iniciaram uma briga no estacionamento do Sesi. Além disso, em duas outras partidas do Fast Ulbra (contra São Raimundo e Rio Negro, ambas no segundo turno), torcedores do Tricolor deixaram o estádio detidos e foram direto para a delegacia.
Premiação
A FAF vai premiar com R$ 100 mil o campeão do Estadual e R$ 50 mil o vice-campeão. O artilheiro e melhor árbitro da competição ganham R$ 5 mil cada. Na briga pelo dinheiro, os goleadores Leonardo, do Nacional, e Michel, do Fast, estão empatados com 12 gols, seguidos por Charles, também do Naça, com 11 gols.
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